quarta-feira, 30 de junho de 2010

Covardia.

Enquanto a vida vivia venturosa
Eu olhava-a, viva, lacuna vaga
Da minha alma, pelo olho mágico
Da porta cerrada que beirava a rampa.

Pulsava implosivo, na imobilidade dos pés,
O descompassado diafragma. Fincados no chão.
A vida vinha, ventava em mim,
Levava o vazio, voltava.

Enquanto o rosto inerte, incoerente,
Sorria.

[31.05.2010]

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