Atrás da coxia
pela fenda o olhar da Lua
a menina
com a mãe
nasce
nasce frágil, crua
da mão da mãe
a culpa
das duas
primeira pitada
de menina nua.
depois
panela
agulha
pernas fechadas
embaixo
da saias
No camarim
mirim ensaia:
o olhar languido
o silêncio
o sorriso
uma língua alheia
agora, sua.
- Respira.
Repassa o suspiro
Repassa a recusa
Repassa a saia - curta
Repassa, passiva
- Respira.
- Abre-se às cortinas.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Assédio
Cercada de porcos, com olhos de porcos mirando exaltados meu sexo cego
Vai ver viu
o que não devia.
Cercada de porcos, com focinhos de porcos, farejando molhados meu sexo seco
Vai ver viu
uma canela do século XXI
- Piada?
Cercada de porcos com patas
bifurcadas
em cujo meio
- se encaixam seus paus masturbáveis e o meu sexo alheio -
desapropriado de mim.
Assim, o porco chafurda onde afoga-me a culpa
mea culpa:
Porque vim assim?!?
porque trouxe comigo
apenas
pernas-tetas-barriga
porque as trouxe com a buceta,
ao metrô, à escola, ao trabalho?!?
é o CARALHO!
Cercada de porcos por todos os lados.
Vai ver viu
o que não devia.
Cercada de porcos, com focinhos de porcos, farejando molhados meu sexo seco
Vai ver viu
uma canela do século XXI
- Piada?
Cercada de porcos com patas
bifurcadas
em cujo meio
- se encaixam seus paus masturbáveis e o meu sexo alheio -
desapropriado de mim.
Assim, o porco chafurda onde afoga-me a culpa
mea culpa:
Porque vim assim?!?
porque trouxe comigo
apenas
pernas-tetas-barriga
porque as trouxe com a buceta,
ao metrô, à escola, ao trabalho?!?
é o CARALHO!
Cercada de porcos por todos os lados.
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