Correnteza
de nós discorrem
pra dentro
do caldo
turbulento
Caldo de gente
caldo quente
que derrete
Faz e desfaz
o cenho
o punho
no banho
um ranço velho
já morto
se dilui dentro
do caldo
turbulento
Mas o caldo fervente
também decompõe
o que faz
e desfaz
os fatos e fatores
compositores
do Humano.
Um caldo de gente
descoberta de pano
de carne, de nos
desfeitos nós
nós diluindo-nos
Lendo-nos nus
- CORRENTEZA
de dentro do quadrado
do turbulento
do caldo
num quarto descolado do mundo
a Hidra emerge
em cada sentença
uma cabeça
a cortar, a cauterizar
- CORRENTEZA
diferentemente
a cabeça imortal
afundou
foi viver a velhice
seca
na cadeira de balanço.
Gosto bastante dos teus poemas.
ResponderExcluirObrigada!! Acabei de entrar no seu, sensacional também. Como você descobriu o meu?
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