Eras mulher de si. Pensaras.
Eras dona de si. Pensaras.
Eras dos teus caminhos,
pensaras.
Desconstruidamente denegrida
num elogio eloquente às avessas.
E o que miro pairando no rio?
Imensas-densas-nuvens-brancas
Achou-se só nuance de si,
sobrou-se somente núbil.
Consentidamente enevoada
já não há Mulher,
mas a longínqua latência esquecida.
E o que miro pairando no rio?
Imensas-densas-nuvens-brancas
Neste sempre,
Que rompe o tempo,
.
E sobrou-se somente ruídos
Ranger os dentes de olhos nublados
Errantes mãos que não sabiam procurar.
E o que miro pairando no rio?
Imensas-densas-nuvens-brancas
É esse o resultado chapiscado
Da aspereza nubígena
Do submeter a cada pai.
Cada filho.
De cada mãe ex-fumaçada, também domada.
E o que miro pairando no rio?
Imensas-densas-nuvens-brancas
Inverter-te e te ninar.
Inverter-te e te contar.
Invertida, sorrir segurança.
Eu queria, invertida, investir,
de cima do meu saber alvorecido,
Mas o que miro pairando no rio?
Imensas-densas-nuvens-brancas.
terça-feira, 8 de maio de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
mais covardia
ativamente convencida
a passiva ação afasta a fenda.
Afasta, afasta:
inventa um vão e esvazia.
Sobrando só a corda
que segura.
a passiva ação afasta a fenda.
Afasta, afasta:
inventa um vão e esvazia.
Sobrando só a corda
que segura.
Boininha vermelha
Saiu de bicicleta porque quem anda de carro é azul e amarelo e ele, bem vermelho, jamais renderia suas duas rodas por quarto.
Na cestinha, além da foice do machado, levava também uns cupcakes e coca-cola; afinal, 12 não é 17 e a KGB já não tem toda aquela bola.
Ia pela estrada a fora, bem sozinho, bem vermelho quando ouviu o uivo da luz amarela do farol de milha atrás de si: cresceu, cresCEU, CRESCEU.
Escureceu.
E tudo ficou leve.
a bicicleta
a cestinha
a foice
o machado e os cupcakes.
Quanto mais leve ficava, mais de perto via o Sol e o Céu. O amarelo e o azul.
Na cestinha, além da foice do machado, levava também uns cupcakes e coca-cola; afinal, 12 não é 17 e a KGB já não tem toda aquela bola.
Ia pela estrada a fora, bem sozinho, bem vermelho quando ouviu o uivo da luz amarela do farol de milha atrás de si: cresceu, cresCEU, CRESCEU.
Escureceu.
E tudo ficou leve.
a bicicleta
a cestinha
a foice
o machado e os cupcakes.
Quanto mais leve ficava, mais de perto via o Sol e o Céu. O amarelo e o azul.
O analfabeto escreve vento
Quando abriu a porta, parado na soleira quase despercebido, sentou e viu a aula; invisível. No fim, afastou-se para que saíssem deixando o quadro atrás cheio de poeira branca organizada. Dessa vez não usaria o pano, assopraria devagar para que pudesse ver por mais tempo a organização da poeria branca que ficava.
Assinar:
Postagens (Atom)