pousou
na linha da borda da minha cama daquele dia
a elipse eclipsada dos seus olhos
redondos.
sempre semicerrados,
sempre semiabertos.
tão pretos,
confundem
os limites da iris
com os limites.
ando agora equilibrada no contorno da pálpebra
segura pelos seus cílios,
presa nos músculos oculares
da sua
pupila.
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ResponderExcluirPousar nas linhas
ResponderExcluirda borda da cama
do nó na garganta
do romance de cinema
do sono sem travesseiro
Tropeçar nas linhas
do conhaque do amor
do engano do momento
da batida do abandono
da culpa de não estar
Rastejar nas linhas
uma xícara de perdão
um prato que se come frio
um brinde na última noite
Sucumbir nas linhas
do que podia ser
e não foi
na borda da cama
segura minha mão
Cair
e levantar
Se alinhar
Sem limites
Sem muros
sem antes ou depois
sem máscaras
medos
ou linhas
Alinhavar
sua cabeça
no meu peito
seu
sublime!
ResponderExcluirEssa relação olhos nos olhos deve ser demais!
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