domingo, 25 de maio de 2014
Roupa.
Depois da terapia
Fugir pela pia
Ou esfregar a roupa
Encardida e a terapia
A terapia e a poesia
Esfregar ate sangrar
Terapia.
Depois de seca
A roupa esfregada
Ainda na sala acumula-se
Ainda na parede escora-se
A poesia ainda esparrama-se
Ainda que quarada
A poesia amontoada
Manifesta-se inguardável
Poesia.
Depois de vazia
Alma lavada, velha
Vejo a poesia
No breu amontoada
No vão da sala invisível
A fenda esconde
A poesia alvejada
E não responde
Onde guarda-la.
Depois da terapia
Fugir pela pia
Ou esfregar a roupa
Encardida e a terapia
A terapia e a poesia
Esfregar ate sangrar
Terapia.
Depois de seca
A roupa esfregada
Ainda na sala acumula-se
Ainda na parede escora-se
A poesia ainda esparrama-se
Ainda que quarada
A poesia amontoada
Manifesta-se inguardável
Poesia.
Depois de vazia
Alma lavada, velha
Vejo a poesia
No breu amontoada
No vão da sala invisível
A fenda esconde
A poesia alvejada
E não responde
Onde guarda-la.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Diz que
Deus
- o Criador!
Cria o gado
e
Cria o pasto
Cria o parto
e
Cria dor
Antes da Salvação
Salvo e são
Era o corpo
E diz que Deus
Desde então
Cria crime
e
Cria punição
Diz que cria
E que descria
E que descreve na Bíblia
Que o que cria
É Regra
Deve sempre ser
Cumprida
Cria o lacre
violável
Cria a cria
Indesejável
Cria a cerca
Cria a perda
Cria a casa
E a cozinha.
Cria a cor
Cria o cabresto
Cria um cesto
De pecados
Mal criados
Na encruzilhada
Cria Negra
e nega a cria
Seu criado,
Deus dizia
Que
Quando cria
Sua Cara pia
É criada
pela própria
cria.
Deus
- o Criador!
Cria o gado
e
Cria o pasto
Cria o parto
e
Cria dor
Antes da Salvação
Salvo e são
Era o corpo
E diz que Deus
Desde então
Cria crime
e
Cria punição
Diz que cria
E que descria
E que descreve na Bíblia
Que o que cria
É Regra
Deve sempre ser
Cumprida
Cria o lacre
violável
Cria a cria
Indesejável
Cria a cerca
Cria a perda
Cria a casa
E a cozinha.
Cria a cor
Cria o cabresto
Cria um cesto
De pecados
Mal criados
Na encruzilhada
Cria Negra
e nega a cria
Seu criado,
Deus dizia
Que
Quando cria
Sua Cara pia
É criada
pela própria
cria.
sábado, 3 de maio de 2014
A princípio muita coisa caiu, ao contrário do que se pensa do princípio, onde se principia. O princípio foi o fim e, no fim aqui há muito mais princípios do que antes. Mudam-se os princípios nos inícios e o fim principiado está. É engraçado e triste. Dentro da minha vida, outras vidas. E fora de mim, inserida em outras vidas de outras vidas, a minha vida. Fractal. Fractada. Fragmento.
Vidas malabarizadas como esferas de vidro (des)equilibrantes, que rolam no ar ao alto evitando o choque. No meu malabares, o choque é o alvo. O choque é o limite que produz a linha. O choque produz a linha e o malabarismo, malemolentemente, a vibra. A vida é o choque e o malabarismo. Tem dia que é de linha. E tem dia que onda.
Começo a contar uma história e vira logo um poema prolixo. Pro lixo com tudo. Queria dizer que sempre foi só abandono, porque é isso que não lembro, mas lembro. Queria dizer que sempre foi só esperar, simples. Queria dizer que tudo não passou de sentar na cama à noite e fechar os olhos. Logo, sentar na cama diariamente e fechar os olhos, de olhos abertos. Eu queria dizer. Eu queria, mas o poema, pro(-)lixo.
É tanta coisa que o começo não começa, o começo só planeja. Planeja e pestaneja, que se perde sem destreza, vagaroso e amedrontado. É tanta coisa que ferve, que marulha, tanta coisa que se afunda até o fim e se afoga, tanta coisa jorra. A coisa e o começo não se entendem, a coisa ferve e o começo vaza.
No começo, nada. A água do começo, metaforizada na água. Aprender a nadar pra nadar a despeito do ranho branco que cobria, escorregadia. Aprender a nadar pra longe da luz, pra dentro. Nadar pra não fugir, nadar pra não sair pelo canal, leito do primeiro rio, vermelho e berrante, arfante. Infante. Nadar pra antes do tempo.
Vidas malabarizadas como esferas de vidro (des)equilibrantes, que rolam no ar ao alto evitando o choque. No meu malabares, o choque é o alvo. O choque é o limite que produz a linha. O choque produz a linha e o malabarismo, malemolentemente, a vibra. A vida é o choque e o malabarismo. Tem dia que é de linha. E tem dia que onda.
Começo a contar uma história e vira logo um poema prolixo. Pro lixo com tudo. Queria dizer que sempre foi só abandono, porque é isso que não lembro, mas lembro. Queria dizer que sempre foi só esperar, simples. Queria dizer que tudo não passou de sentar na cama à noite e fechar os olhos. Logo, sentar na cama diariamente e fechar os olhos, de olhos abertos. Eu queria dizer. Eu queria, mas o poema, pro(-)lixo.
É tanta coisa que o começo não começa, o começo só planeja. Planeja e pestaneja, que se perde sem destreza, vagaroso e amedrontado. É tanta coisa que ferve, que marulha, tanta coisa que se afunda até o fim e se afoga, tanta coisa jorra. A coisa e o começo não se entendem, a coisa ferve e o começo vaza.
No começo, nada. A água do começo, metaforizada na água. Aprender a nadar pra nadar a despeito do ranho branco que cobria, escorregadia. Aprender a nadar pra longe da luz, pra dentro. Nadar pra não fugir, nadar pra não sair pelo canal, leito do primeiro rio, vermelho e berrante, arfante. Infante. Nadar pra antes do tempo.
Assinar:
Postagens (Atom)